O aumento da incidência das doenças de pele causado pelas mudanças no clima e na camada de ozônio

Como o câncer e outras patologias dermatológicas são afetadas pelas mudanças climáticas?

Autor
Observatório Sistema Fiep - 13/12/2022

Mudanças no clima e na camada de ozônio nos últimos 40 anos foram responsáveis pela alteração das condições de radiação de raios ultravioleta (UV) na superfície da Terra. Essas e outras transformações interagem de formas complexas e afetam a saúde humana, a segurança alimentar e hídrica e diversos ecossistemas. Uma maior exposição à radiação ultravioleta solar aumenta a incidência de câncer de pele e outras doenças induzidas por raios UV, como catarata e distúrbios de fotossensibilidade.

Desde 2010 as temperaturas mundiais continuam a se elevar e alcançam recordes todos os anos. Além disso, durante o século passado houve um grande prejuízo à camada de ozônio em decorrência da exalação de gases clorofluocarbonetos (CFCs) pela utilização de solventes, sprays aerossóis e bebidas gaseificadas. Uma combinação de fatores climáticos faz com que a estratosfera da Antártida seja mais susceptível à destruição do ozônio, mas o hemisfério Norte também é atingido e estima-se que os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já tiveram 6% da proteção de ozônio reduzida. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira em decorrência de catarata são causados a cada 1% de perda da camada de ozônio.

A incidência de radiação na pele causa mudanças na sua estrutura química, fazendo com que a capacidade de recomposição do DNA seja limitada e, portanto, mais propícia para o desenvolvimento de patologias. Segundo uma declaração da Rockefeller Foundation e da The Lancet, apoiadas por mais de 50 associações médicas, existem muitas consequências para a saúde pública em decorrência das mudanças climáticas. Com o aumento dos gases de efeito estufa e a elevação da temperatura global em 2ºC previsto para 2050 é esperado um rápido acréscimo de doenças cutâneas, em especial o câncer.  Nesse contexto, políticas mais agressivas para redução de danos relacionadas às mudanças bruscas de clima devem ser pontuadas também por dermatologistas.

 

 Acesse o Painel de Indicadores de Mudanças Climáticas de Curitiba: https://paineldemudancasclimaticas.org.br/

 

Fontes

 

Ozone depletion, ultraviolet radiation, climate change and prospects for a sustainable future

Disponível em:

https://ro.uow.edu.au/cgi/viewcontent.cgi?article=1796&context=smhpapers1

 

O que é a camada de ozônio?

Disponível em:

https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/camada_ozonio/

 

Patologias dermatológicas decorrentes de variações climáticas

Disponível em:

https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/download/23578/18944

 

Climate Change and Skin Cancer

Disponível em:

https://www.researchgate.net/profile/Matthew-Lin-2/publication/332404066_Climate_Change_and_Skin_Cancer/links/6003b58d92851c13fe17f618/Climate-Change-and-Skin-Cancer.pdf

 

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