Transição Ecológica: Um desafio global

Autor
Observatório Sistema Fiep - 02/02/2024

A transição ecológica, que busca um modelo de desenvolvimento mais verde, representa uma alternativa crucial para mitigar os impactos das mudanças climáticas e aliviar a pressão exercida pelo sistema econômico sobre o meio ambiente. As longas negociações internacionais demonstram o quanto o padrão de desenvolvimento atual deve se adaptar para alcançar um modelo menos predatório com relação ao meio ambiente, mudanças que impactarão todos os setores econômicos e produtivos da sociedade.

Nesse contexto, o Brasil tem se colocado internacionalmente como player mundial dado seus ecossistemas relativamente preservados, imensa biodiversidade, adoção de tecnologias baseadas em recursos naturais renováveis, especialmente na área de hidroeletricidade e biocombustíveis, um setor agropecuário adaptado ao clima tropical e uma legislação ambiental reconhecida.

Na esfera industrial, o governo federal lançou recentemente o Plano de Ação para Neoindustrialização (2024-2026), destacando áreas como bioenergia, equipamentos para energia renovável e cosméticos.  A meta para 2030 é:

 “Promover a indústria verde, reduzindo em 30% a emissão de CO2 por valor adicionado da Indústria, ampliando em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e aumentando o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano” (BRASIL, 2024).

Para alcançar essas metas, serão investidos R$ 700 milhões entre 2024 e 2026, promovendo estímulos para bioprodutos e bioinsumos provenientes da socioeconomia florestal, tecnologias de captura de carbono, produção de diesel verde, hidrogênio de baixo carbono, entre outros. Para obter mais detalhes sobre o Plano de Ação para Neoindustrialização (2014-2026), acesse aqui.

Referências:

Brasil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Nova indústria Brasil – forte, transformadora e sustentável: Plano de Ação para a neoindustrialização 2024-2026. Brasília: CNDI, MDIC, 2024. 102 p.